quinta-feira, 30 de julho de 2009

Quintana, por ele mesmo.


“Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! Mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... (...) Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamento. Só porque não podem ser chatos como os outros?
Exatamente por exercer a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Tavez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo – que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.”
Mário Quintana (descrevendo sua própria personalidade)
Beeijo *-*
*Fran!

2 comentários:

  1. Olá!
    poxa adorei o seu post!
    Adoro poetas! =D

    Poxa beem convencido ele néh?
    porém sincero (=

    bjão

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  2. ai, que liinda :D
    obrigada, querida :) , em dobro pra você !


    -


    grande Quintana :)
    gosto muito.

    blog lindo demais, aqui.
    um beijo ;*

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